Palavras podem remeter a características específicas da doença; referências a locais ou povos não são recomendadas pela OMS.
Você já parou para pensar como são escolhidos os nomes dos vírus? Para além de características como sintomas, causas e formas de prevenção, a própria palavra que utilizamos para nos referir a um vírus ou a uma doença infecciosa pode gerar grandes impactos sociais e econômicos. É o que foi visto recentemente no caso da Mpox, antes chamada de Monkeypox ou varíola dos macacos, que influenciou discursos racistas na internet e levou pessoas a matarem os animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a troca do nome da doença em novembro de 2022, alguns meses após o surto.
Um recurso muito comum no passado era referenciar o local onde o vírus havia sido identificado pela primeira vez ou os primeiros povos a serem acometidos pela enfermidade. Outra motivação era o uso de palavras e expressões de origens diversas, como latim, grego e italiano, para descrever o patógeno de acordo com os sintomas que ele causava.
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